A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) divulgou boletim sobre casos de coronavírus entre indígenas. Roraima registrou 144 novos pacientes e permanece com 100 mortes pela doença.
Os dados foram coletados até 28 de janeiro por meio de organizações da Rede Coiab, boletins e notas da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
De acordo com a entidade, existem outros 74 diagnósticos suspeitos para a Covid-19 no estado. Já as confirmações estão divididas entre sete etnias: Macuxi, Wapichana, Taurepang, Wai wai, Yanomami, Pemón e Warao, sendo as duas últimas da Venezuela.
Confirmações por estado:
- Acre (2.445)
- Amazonas (8.467)
- Amapá (1.633)
- Maranhão (2.005)
- Mato Grosso (4.471)
- Pará (6.330)
- Rondônia (2.058)
- Roraima (5.175)
- Tocantins (1.174)
São 100 mortes notificadas, e os Macuxi lideram com 20 óbitos. Na sequência aparecem os Yanomami (17), Wapichana (7), Taurepang (2), Wai Wai (2), Warao (2), Pemón (1), e outros 49 que não tiveram a etnia identificada. O Amazonas foi o estado que mais registrou mortes entre indígenas, com 238. Depois vem:
Mortes por estado:
- Acre (28)
- Amapá (20)
- Amazonas (238)
- Maranhão (69)
- Mato Grosso (150)
- Pará (101)
- Rondônia (36)
- Roraima (100)
- Tocantins (15)
AMAZÔNIA
Em toda a região amazônica existem 141 povos indígenas afetados pela pandemia. Autoridades indicam que a presença de garimpeiros nas reservas contribui para o alastramento da pandemia entre os indígenas. Por conta disso, uma ação tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar os invasores.
Contudo, na última semana, o ministro relator, Luís Roberto Barroso, deu prazo maior para as autoridades se manifestarem sobre o novo Plano Geral de Enfrentamento à Covid-19 nessas localidades. As ações deveriam ter sido implementadas ainda no ano passado, mas se arrastam há meses.