A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou nesta terça-feira (2) que duas variantes do coronavírus foram detectadas em Roraima, após análise de amostras enviadas ao Instituto Evandro Chagas. Uma delas não está presente no Amazonas, apenas no Pará.
O instituto recebeu da Sesau 66 amostras aleatórias de pacientes, para análise do material genético. Através desse trabalho foram identificados dois genótipos: o B.1 e B.1.1.33. Os pesquisadores ainda estudam se as variantes têm maior capacidade de infecção.
Essas mudanças no vírus ocorrem durante o processo de transmissão de pessoa para pessoa. Quanto mais ele se propaga, maiores são as chances de surgirem novas variantes. Por isso a importância do isolamento social.
De acordo com a secretaria, as amostras enviadas pelo Laboratório Central (Lacen) “não são as mesmas de detecção de casos suspeitos de reinfecção”. Até o fim do ano passado, existiam 67 casos suspeitos de reinfecção (quando paciente contrai a doença mais de uma vez). O estado permanece sem confirmação para esse tipo de caso.
A Pasta não informou sexo, idade e município dos pacientes que tiveram confirmação das novas variantes. “A identificação aconteceu por meio das amostras que o instituto escolheu através do monitoramento, não sendo divulgado nome ou histórico de viagens”, ponderou.
AMAZONAS
A segunda onda da pandemia no Amazonas acendeu alerta nas autoridades locais. Um relatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) cita que os casos se alastraram por cidades do interior, além de estados próximos, como Pará e Roraima.
No amazonas, ao menos 18 variantes foram identificadas nos pacientes, sendo a P.1 predominante em 91% das amostras que tiveram o código genético sequenciado em janeiro. Essa variante não foi detectada em Roraima.
As mutações do vírus são preocupantes para os pesquisadores, que se debruçam sobre novas análises para saber a capacidade das variantes de burlar o sistema imunológico, inclusive contra as vacinas desenvolvidas para combater a Covid-19.