As mulheres representam apenas 14,6% do número de vereadores eleitos e reeleitos em Roraima nas eleições de 2020. Das 157 cadeiras de vereador distribuídas pelos 15 municípios do estado, apenas 23 foram ocupadas por mulheres.

Essas são algumas das informações da segunda edição das Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

A pesquisa mapeou as condições de vida das brasileiras a partir de um conjunto de indicadores proposto pelas Nações Unidas. O IBGE compilou informações de suas pesquisas e de fontes externas para elaborar o estudo.

Ainda na política, as mulheres no Brasil representam 14,8% dos deputados federais, a menor proporção da América do Sul e a 142ª posição de um ranking com dados para 190 países. Em Roraima, esse número é ainda menor. Das oito cadeiras que o estado tem direito na Câmara dos Deputados, apenas duas são ocupadas por mulheres (25%).

Os dados divulgados não se restringem somente à política. No mundo acadêmico, dos 1.318 docentes de instituições de ensino superior, 626 são mulheres (47,5%). Essa proporção – que vem crescendo, ainda que lentamente, nas últimas décadas – ficou um pouco acima da média nacional (46,8%).

EXPECTATIVA DE VIDA

A esperança de vida das mulheres aos 60 anos é maior do que a dos homens em Roraima. Em 2019, a esperança de vida de uma mulher nessa faixa-etária era de 21,1 anos. Já a dos homens foi de 19,3 anos.

Uma mulher de 60 anos da região Sul tinha quase três anos a mais de expectativa de vida que uma mulher da mesma idade na região Norte: 25,3 contra 22,4, respectivamente.

Já quanto à mortalidade na infância (probabilidade de uma criança morrer antes dos cinco anos de idade) entre as meninas diminuiu de 19,5 em cada mil nascidos vivos, em 2015, para 18,6, em 2019. Já entre os meninos, passou de 20,2 para 19,2.