Os postos de combustíveis de Boa Vista começaram a praticar o novo preço do litro da gasolina e do diesel no final da tarde de terça-feira (9). Com este sexto reajuste, o valor da gasolina ficou entre R$ 5,38 e R$ 5,67, conforme levantamento realizado pelo Roraima em Tempo nos bairros Paraviana, Canarinho, São Francisco, Liberdade, Mecejana e Asa Branca.
O preço mais caro foi constatado no Paraviana, zona Leste da cidade, com postos ofertando a gasolina comum por R$ 5,47 pelo dinheiro ou débito e R$ 5,67 no cartão de crédito. Na zona Oeste, a média de preços observada pela equipe de reportagem varia entre R$ 5,38 e R$ 5,58.
Esses valores são consequência do anúncio da Petrobras na segunda-feira (8) do 6º reajuste seguido para a gasolina. O diesel também sofreu aumento em refinarias e passou a custar em média R$ 4,85 nos postos da capital.
O militar Jobson Rufino, de 22 anos, percebeu no bolso as constantes mudanças no valor da gasolina. “Costumo passar o mês inteiro colocando gasolina no tanque somente uma vez, e agora preciso abastecer ao menos duas. Acho que isso é um problema não apenas do governo federal, mas do próprio mercado externo agora, talvez o óleo esteja mais disputado”, comentou.
Outra motorista, que optou por não se identificar, relatou que se surpreendeu com o novo aumento e que se sente desesperançosa com o país em meio aos reajustes das últimas semanas.
“Tenho medo do país virar uma ‘Venezuela’ depois dessa crise. Tá muito complicado. Sinto há bastante tempo essa angústia e acho que é culpa do sistema e da população que não anda sabendo votar e aceita qualquer um para cargos importantes”, declarou a consumidora.
REAJUSTES
Na semana passada, o preço do litro da gasolina chegava a até R$ 5,09 em postos de Boa Vista. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp), o valor médio do mesmo produto no início de janeiro era de R$ 4,28.
Conforme a Petrobras informou em anúncio, o reajuste ocorre em “alinhamento dos preços ao mercado internacional [que] é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores”.