A Justiça de Roraima mandou bloquear R$ 230 mil da By Money, alvo da Polícia Federal (PF) por suspeita de praticar crime de pirâmide financeira. As decisões referentes a dois processos movidos contra a empresa foram obtidas pelo Roraima em Tempo nesta terça-feira (20). Cabe recurso.
Em uma delas, o juiz Angelo Augusto Graça Mendes mandou bloquear R$ 170 mil. O dinheiro é referente à aplicação feita por um cliente, com rendimento de 17% ao mês, por um período de 150 dias.
“Resta comprovado nos autos, ainda, que houve pedido de distrato por parte do autor, após a inadimplência da ré e a ausência de justificativas plausíveis”, sustenta o magistrado, ao acrescentar que não houve atendimento e informações sobre a suspensão e atraso nos pagamentos.
“Ao que tudo parece, a ré fechou suas portas e deixou de atender seus clientes, colocando em dúvida a idoneidade das operações financeiras por ela realizadas e expondo o autor ao risco de perder integralmente o valor investido”, complementou.
By Money não atender as ligações feitas pelo Roraima em Tempo.
SEMELHANTE
Outra decisão, assinada pelo juiz Phillip Barbieux, mostra que um homem afirmou ter investido R$ 50 mil em operações internacionais, com duração de cinco meses e proventos líquidos de 20% mensais e retenção de 15% referente ao ganho de capitais.
Em março, segundo ele, a empresa deixou de pagar R$ 10 mil. Mesmo buscando resolver a situação, ele não teve sucesso. “Estou convencido da probabilidade do direito pleiteado, eis que a parte autora apresentou o contrato avençado, bem como a impossibilidade de contato com a empresa para resolver a alegada inadimplência”, cita o juiz.
PROCESSOS
O Roraima em Tempo mostrou que ao menos 33 pessoas acionaram o Judiciário contra a empresa na última semana, depois de não receberem os ganhos prometidos. Alguns processos foram rejeitados, enquanto outros aguardam julgamento.
Segundo a PF, os representantes não tinham autorização para operar no mercado de capitais e aplicavam apenas uma pequena parte dos valores recebidos dos clientes. A estimativa é que R$ 90 milhões tenham sido movimentados em pouco mais de um ano.
A Polícia Federal escreve que havia evidências de que o esquema encontrava dificuldades para pagar os clientes e começava a falir. Os suspeitos são investigados por crimes contra a economia popular, sistema financeiro, exercício irregular da profissão, e associação criminosa.