O Ministério da Saúde (MS) já repassou mais de R$ 113 milhões ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Yanomami) para auxiliar nas ações de saúde, saneamento, recursos humanos e compra de insumos durante a pandemia da Covid-19 em Roraima.
Conforme a Pasta, deste total, R$ 25 milhões foram investidos neste ano, para atender 28 mil indígenas na divisa entre os estados do Amazonas e Roraima, além da fronteira com a Venezuela.
DSEI
De acordo com o MS, o DSEI Yanomami possui 734 profissionais que ofertam serviço básico às aldeias, desses, 254 são Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Saneamento (AISAN) que moram nas aldeias e fazem a interlocução entre pacientes e os profissionais de saúde. O Distrito também contratou uma equipe de reposta rápida para atuar em situações de emergência durante a pandemia, sendo composta por enfermeiros e técnicos de enfermagem.
“As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena do Distrito (EMSI) enfrentam dificuldades logísticas, climáticas e culturais. Elas passam 30 dias atendendo em Unidades Básicas de Saúde (UBSI), em meio à selva amazônica, e percorrendo quilômetros a pé, atravessando rios e riachos, para levar vacinação e atendimento médico a crianças, adultos e idosos”, enfatizou a Pasta.
Para auxiliar nesses atendimentos, neste ano, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) autorizou a contratação de mais 16 técnicos de enfermagem, cinco agentes de endemias e um farmacêutico, para atuar diretamente no combate à malária, doença endêmica da região amazônica.
SESAI
A Sesai também autorizou, em 2021, uma licitação de mais R$ 8,3 milhões para a compra de insumos, equipamentos e materiais médicos hospitalares para o DSEI. Além disso, enviou mais de 610 mil itens em Equipamentos de Proteção Individual (EPI), insumos e testes de Covid-19 e de malária para reforçar os atendimentos na localidade.
MISSÕES
Em Roraima, o Governo Federal já realizou duas missões interministeriais para auxiliar nas ações de saúde durante a pandemia nos Distritos Yanomami e Leste.
Conforme o MS, as operações levaram mais de três toneladas de suprimentos, entre medicamentos e EPIs, para complementar o estoque.
No local, os profissionais de saúde das Forças Armadas, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, realizaram mais de seis mil atendimentos especializados e procedimentos durante as missões, juntamente com as equipes de saúde indígena.
Em março deste ano, a Sesai enviou uma equipe de saúde volante para atender e vacinar a população contra a Covid-19 nos Polos Base Surucucu, Waphuta e na região da UBSI Kataroa. Durante a ação, foram realizados mais de 1,6 mil atendimentos e procedimentos.
VACINAÇÃO
Segundo o Ministério, até o momento, 75% dos indígenas com mais de 18 anos, inscritos no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS) e especificidades da ADPF 709, receberam a primeira dose e 55% já foram vacinados com a segunda dose.
“As equipes passam de 15 a 30 dias em área e, somente quando retornam à sede do DSEI, os dados são lançados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O DSEI não registrou recusa ou reações adversas durante a vacinação”, esclareceu o MS.