A Pretrobras anunciou, nessa segunda-feira (8), novo aumento no preço do combustível nas refinarias. Este é o sexto reajuste na gasolina e o quinto no óleo diesel em 2021, acumulando percentual de 53% e 40%, respectivamente.

O acréscimo na gasolina foi de 8,8%, ficando R$ 0,23 mais cara, e 5,5% para o diesel, R$ 0,15 mais pesado no bolso do consumidor. Conforme levantamento feito pela reportagem, o litro da gasolina na capital varia de R$ 5,15 a R$ 5,25, sendo que há mudança de preço com pagamento à vista e no cartão.

Os novos preços passaram a valer a partir de hoje (9). O litro da gasolina nas refinarias custará em média R$ 2,84 e o diesel será vendido por R$ 2,86. Na semana passada, o gás de botijão sofreu aumento de 5,2% nas refinarias e agora custa R$ 3,05 por quilo. Em Boa Vista, o valor da botija de 13 quilos chega a R$ 105.

A estatal explica que os valores na refinaria acompanham a paridade internacional, em conjunto com o câmbio, e reforça que o preço final do produto inclui impostos, custos para aquisição, mistura obrigatória de biocombustíveis e margem de lucro das distribuidoras e dos postos de combustível.

CONSUMIDORES

Na capital, os condutores não aprovam os constantes reajustes no preço do combustível nos primeiros meses de 2021. Eles afirmam que o consumidor final é o que mais sente os impactos desses aumentos. Para controlar o consumo, a rotina diária da atendente de telemarketing Jessivânia Almeida precisou mudar.

“Atravesso a cidade todos os dias, pois saio do Senador Hélio Campos para o Centro para chegar ao trabalho. Gasto muito com gasolina e com esse aumento dificulta muito. Logo no meio dessa crise, onde as pessoas estão com dificuldades até para se alimentar, pagar R$ 5,18 no litro da gasolina é um absurdo. Eu economizo o máximo que posso só indo para o trabalho e voltando, sem ir para outros lugares”, relatou.

Já outro consumidor, que preferiu não se identificar, afirma que o aumento prejudica a organização financeira e com isso os gastos destinados a outras áreas são afetados.

“Os aumentos repentinos têm feito com que eu não consiga organizar meu dinheiro mensal, principalmente para a gasolina, e isso acaba prejudicando outras despesas necessárias, por exemplo, tendo que diminuir o gasto para compras no mercado. Vejo que a população está desamparada por quem deveria estar ajudando e eu não vejo nada sendo feito para contornar essa situação”, avaliou.

SEMANA PASSADA

Na semana passada, o Roraima em Tempo constatou que em alguns postos da capital o valor gasolina estava R$ 5,09 devido ao aumento determinado pela Petrobras.

No mês passado, motoristas de aplicativo realizaram protestos contra o aumento e pediram ao Governo do Estado redução nos valores cobrados sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas o Executivo afirmou que a decisão depende do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

 

FONTE: RORAIMA EM TEMPO