Roraima foi o segundo estado que mais desmatou na Amazônia Legal em fevereiro deste ano, com taxa de 27%, conforme dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
De acordo com o documento, os municípios do estado que mais desmataram na Amazônia Legal em fevereiro de 2021 foram: Caroebe (14 Km²), Rorainópolis (10 km²), Caracaraí (8 km²) e São João da Baliza (7 km²).
Além disso, os Projetos de Assentamento (PA) e Terras Indígenas (TI) também aparecem na lista com áreas desmatadas ilegalmente, sendo elas:
- PA Jatapu (4 km²);
- PA Sucuriju ( 1km² );
- PA Juari (1km²);
- PA Integração (1km²);
- PA Curupira (1km²);
- TI Yanomami (0,4 km²);
- TI Waimiri Atroari (0,2 km²);
- TI WaiWai (0,09 km²);
- TI Manoá Pium (0,06 km²).
Segundo o Imazon, a ascensão desta taxa é devido à sazonalidade que ocorre na região.
“O estado, que apresenta uma dinâmica de chuvas inversa aos demais estados do Norte, costuma apresentar um aumento de desmatamento no período, além da condição de nuvens que permite a melhor detecção”, explica o documento.
PARÁ
De acordo com o Imazon, Roraima só fica atrás do Pará, que lidera o ranking do desmatamento com taxa de 37%. Juntos, os dois estados apresentaram oito municípios na lista dos 10 que mais desmataram no mês.
“Cinco unidades de conservação do ranking das 10 mais desmatadas estão localizadas no estado do Pará. Considerando o calendário de desmatamento 2021, que ocorre entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, houve um aumento de 51% em relação ao mesmo período do calendário anterior”.
OUTROS ESTADOS
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon detectou, ao todo, 179 km² de área desmatada na Amazônia Legal, um aumento de 74% em relação a fevereiro de 2020, quando somou 103 km². Este é o segundo maior valor da série histórica nos últimos 10 anos.
O desmatamento detectado em fevereiro deste ano ocorreu no Pará (37%), Roraima (27%), Mato Grosso (13%), Amazonas (12%), Rondônia (6%), Maranhão (3%), Acre (1%) e Tocantins (1%).
Conforme o documento, 60% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em Assentamentos (22%), Unidades de Conservação (17%) e Terras Indígenas (1%).
DEGRADAÇÃO
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 51 km² no mesmo período, o que representa um aumento de 38% em relação ao ano passado, quando a degradação detectada foi de 37 km². A degradação foi registrada no Pará (71%), Mato Grosso (27%) e Roraima (2%).